Bem sei o que é preconceito. Povos mais ricos sempre se acham “superiores”, isto vai das nações do hemisfério norte em relação a nós, como dos irmãos sulistas conosco, os cabeças chatas. Aos quinze anos, 1970, estive nos EUA e tive que aguentar calado á uma tosca pergunta de um americano: “mas lá no Brasil não vê leão no meio das ruas?”. O beócio, . como bem diz, Frassales na sua crônica, os “superiores”, nem sabia que estes felídeos não habitam a nossa América
Orgulho-me em dizer que primei na educação dos meus três filhos, completava dezesseis anos eu os encaminhava, um a um, a um internato rígido em São José dos Campos para disputarem, em pé de igualdade, vagas nas melhores universidades do Brasil. Quando o mais velho completou o científico pleiteou uma vaga na renomada Unicamp (ciências da computação) e como tinha apenas dezessete anos recomendei a um amigo maranhense morador de Campinas que o recebeu muito bem, mas sem antes, já com o espírito sulista comentar: “menino não pense que você vai disputar uma vaga na UFMA (Federal do Maranhão)?”. O menino além de passar no vestibular se deu ao luxo de largar para disputar Relações Internacionais na Universidade Nacional de Brasília, hoje ocupa um cargo de elite na burocracia federal: acabou de tomar posse como Gestor Público do Ministério da Defesa.
Não votei no Presidente Lula no primeiro turno da sua primeira candidatura em 1989, além de pertencer ao PSDB tinha uma grande admiração por Mário Covas, nele cravei meu voto. No segundo turno, por exclusão votei no petista. De lá para cá, votei em todas no “paraíba” estigmatizado como um apedeuta militante. Comentar a trajetória do “paraíba” é redundância após a bela crônica do conterrâneo Frassales. E assim encerro os meus comentários sobre este abominável faceta do caráter humano.
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