As pessoas sempre elogiam o meu pai, João Batista Braga Barreto (foto). Dizem que ele era muito caridoso, que não media esforços para ajudar um amigo e não se cansava até concluir um projeto. O Tênis Clube é uma grande prova concreta disso. João Batista foi um grande cidadão.
Contudo, meu coração ainda dói,
meus olhos ainda se enchem de lágrimas, meus pensamentos ainda se entristecem,
quando me lembro de meu pai, mesmo após vinte longos anos. Não do ilustre
cidadão, mas do meu herói, como são vistos os pais pelos filhos... Sinto falta
de seus beijos, da proteção que sentia em seus abraços, do amor que fluía de
suas palavras, do orgulho e do prazer que ele tinha em me levar para passear
todas as tardes, de suas orientações e até mesmos de suas repreensões.
Perdi
muito cedo, aos nove anos de idade, um grande tesouro da minha vida... Pela
primeira vez, experimentei a sensação de abandono, não entendia, em virtude de
minha imaturidade, porque Deus precisava mais dele do que eu... Mas aprendi com
minha mãe a ser forte, a levantar e a seguir em frente...
Nesses vinte anos,
lembrei-me dele a cada dificuldade, a cada vitória... Como queria ter meu pai
para abraçar após ser aprovada em um vestibular! Na minha formatura! No meu
casamento! No nascimento da minha filha! Nos dias dos pais! Em todos os
momentos em que chorei e em que sofri...
PAI, eu o amo muito, mesmo na sua ausência física, e sou muito grata pelo amor, cuidado, zelo e atenção que me proporcionou em sua breve vida.
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