sábado, 30 de junho de 2012

Utopia e a política de Cajazeiras

por Francisco Frassales Cartaxo

Semana passada, citei neste espaço, em crônica dedicada à cantora paraibana Socorro Lira, um singular conceito de utopia, que agora retranscrevo: “A utopia está no horizonte. Dou um passo, ela se afasta de mim. Dou outro passo e ela, novamente, se distancia. Então, para que serve a utopia? Para isso, para caminhar.” Assim mesmo, “entre aspas”, sem indicar o autor. Por isso, fui cobrado por um leitor exigente. Na verdade, eu tinha dúvida a quem fornecer o crédito autoral. Minha filha adolescente, Maria Eduarda, pescou em programa literário na internet que o escritor uruguaio Eduardo Galeano atribuíra aquelas frases ao cineasta argentino Fernando Birri. Galeano presenciara o momento da entrevista, na cidade colombiana Cartagena das Índias, quando o cineasta as teria pronunciado em tom coloquial, ao ser perguntado pelo repórter. Mesmo assim, mantive a dúvida até porque há outras versões, todas elas, porém, com o mesmo sentido, a exemplo desta:
A utopia está no horizonte. Me aproximo dois passos e ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isto: para que eu não deixe de caminhar.”
Não estamos, portanto, diante de nenhuma construção filosófica bem elaborada por cientista social enfronhado em teorias acadêmicas, após demoradas elucubrações e debates entre seus pares. Nada disso, Fernando Birri é um velho militante das lutas sociais no mundo, tido como o pai do novo cinema latino-americano. Fundou e dirigiu escolas de cinema e televisão em sua terra natal, Santa Fé, e, mais tarde, também em Cuba, firmando-se em visão contraposta à cinematografia de interesse meramente comercial, praticada nos grandes centros capitalistas, sobretudo nos Estados Unidos.
Como se pode deduzir, Fernando Birri (foto) é, ele próprio, um ser em busca de sua utopia, desde sempre. Ele já se aproxima dos 90 anos de idade. Ao longo desse tempo correu o mundo. Foi além, muito além de La Mancha, a invenção literária de Cervantes, até se fixar em Roma sem, contudo, olvidar jamais suas raízes geográficas, embalando sonhos de muitos africanos, asiáticos e latino-americanos. Há seis anos, Fernando Birri participou em Fortaleza do Festival de Cinema do Ceará para apresentar seu filme “Mi Hijo el Che”. Ali, Birri se comparou aos “antigos caixeiros-viajantes”, a vender imagens que carrega no baú. Foi do mesmo baú que sacou as frases citadas para definir utopia.
- E a política de Cajazeiras? Ah, os políticos de Cajazeiras... Continuam feito peru, glu-glu, glu-glu, gor- golejando de um quintal a outro. Ora pra lá, ora pra cá.  Se dependesse deles, Cajazeiras não sairia do lugar. Mas, graças a Deus, Cajazeiras não depende deles para desenvolver-se. Vota neles, é bem verdade, mesmo vendo-lhes o nariz crescer a cada fala: blá-blá-blá, blá-blá-blá. Enquanto isso, o Palhaço Bolinha, agora ao lado de Deus, ri à beça e enxerga em cada eleitor cajazeirense um rosto pintado, o nariz com uma bola vermelha, igual a mim, deve dizer Bolinha, tudim, tudim igual a mim...



segunda-feira, 25 de junho de 2012

Estamos todos em ritmo de festa! É São João!!!

 Por Willey Pereira
Cajazeiras - PB

Uma data importante principalmente para o nordeste que foi da onde se originou tal comemoração. O São João é sem dúvidas uma via que nos faz resgatar a nossa cultura desde a raiz, lá nos terreiros onde soava uma sanfona, um zabumba e um triangulam. A fogueira estalando e o milho senda assado, bandeirolas, xadrezes cintilantes se misturam entre cores e o Forró tomando de conta.
Em quase todo o nordeste se faz as festas para comemorar a data, aqui em Cajazeiras –PB não é diferente, todo ano tem. Inclusive esse ano a programação do evento (que é realizado na praça conhecida como Xamegão) é em comemoração ao centenário do pai do Forró: Luiz Gonzaga.
Ótima! A ideia é ótima se não fosse às bandas que se apresentam para a homenagem que em sua maioria não se vê nem uma sanfona, muito menos ao ligado a nossa cultura popular. “O mercado tá de olho é no som que Deus criou” uso essa frase do Zeca Baleiro como metáfora, afinal, não consigo engolir a ideia de contratarem bandas que nem se quer se preocupam com o que vão transmitir ao povo com suas músicas, letras nada significativas se formos levar ao contexto histórico cultural de nossa terra. Já disse isso antes e vou voltar a dizer: Não tenho sombra de dúvidas que toda essa comemoração está fazendo o filho do sr. Januário se tremer no caixão, ah com certeza!
Cadê a essência? Sou sim a favor de resgatarmos nossa história seja ela por manifestação artística ou não (coisa que tais bandas que mencionei não fazem). Esse texto é mais um desabafo de revolta. Ah, então você se revolta com isso? Claro que sim! Aos poucos vão deixando de lado o mais importante, a memória e cada vez mais se abraçando com o puro entretenimento visando lucro e outras coisas mais... É uma realidade que incomoda.

domingo, 24 de junho de 2012

Escola Ivan Bichara realiza comemorações juninas

Quer vergonha, Cajazeiras. Esta bela escola fica no município de Lagoa de Dentro - PB.
Cajazeiras precisa sem redimir pelo total esquecimento de um dos seus maiores filhos ilustres!
Alexandre Carvalho e Forró na dela
A Escola Estadual Ivan Bichara Sobreira realizou nesta quinta (21) o II Arraiá Coroné Bichara, trazendo como tema o Centenário de Luiz Gonzaga. Uma bonita exposição foi montada nas salas de aula, mostrando os cem anos de história do rei do baião. Barracas com comidas típicas organizadas pelos alunos deixaram o ambiente ainda mais característico.
Bichara, que, apesar da chuva, fez uma linda apresentação, o figurino estava muito bonito, assim também como a coreografia, sem falar na animação contagiante dos alunos dançarinos. Depois a animação continuou com o A noite foi abrilhantada ainda mais com a apresentação da tão esperada quadrilha Coronéshow de Alexandre Carvalho, União Forrozeira e Forró Nadela. 
Apresentação da quadrilha do Coroné Bichara
Barraca com comidas típicas
a Redação com informações de Liliane Soares
Arraiá Coroné Bichara 2012 (melhores momentos)

terça-feira, 19 de junho de 2012

CAJAZEIRAS AINDA NO TEMPO DO TREM

"Essa época Cajazeiras se desenvolvia. Se houvesse justiça com o ex-prefeito Chico Rolim, esta cidade era para ser chamada de Cidade de Chico Rolim, porque foi o maior bem feitor desta cidade, agora o povo de Cajazeiras tem problemas graves de saúde, através da surdez e do esquecimento do ex-prefeito".  
Blog Cidades em Revista

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Encontro na mercearia de Seu Chico de Epitácio


Geraldo Rolim
Ontem eu vinha voltando para casa de papai no Sol Nascente, quando parei para fazer uma compra na mercearia de Seu Chico de Epitácio (Francisco Gonçalves) na Avenida Francisco Matias Ro- lim.

Logo ao entrar foi abordado por um senhor (Geraldo Rolim) que me procurou o que eu seria de Chico Rolim, ao responder que sou filho, ele disse que não poderia deixar de ser: “É a cara de Chico Rolim!”.


Geraldo Rolim, eu e Assis Leite
 
  Aí virou “comício” fora de época. Apa- receu logo Seu Assis Leite do Sítio Boa Fé declarando também parentesco. Ele é primo legítimo do Dr. Epitácio Leite Rolim e exaltado declara que votou em papai em todas as suas cam- panhas.






Seu Chico de Epitácio, todo orgulhoso co- mentava que papai sem- pre parava lá para fazer compras e aproveitava para prosar com ele e quem es- tivesse e ainda completou: “Ah se fosse ele que estivesse aqui, até o povo daquela outra calçada vinha aqui para abraçá-lo, é sem- pre assim...”.




 Seu Geraldo me perguntou se eu con- hecia lá no Maranhão o Zito Rolim, o prefeito da cidade de Codó, umas das grandes cidades ma- ranhenses. Falei que o conhecia apenas por jornais e te- levisão.
- É mesmo! Sabia que ele está colocado entre os cem melho- res prefeitos brasileiros? Ele está no 19º lugar. E você sabe porque? Primeiro é cajazeirense, segundo é da família Rolim e terceiro está copiando o que Seu Chico Rolim fez em Cajazeiras! Comentou Seu Geraldo.