segunda-feira, 4 de julho de 2016

TORCEDOR FANÁTICO

         Chico Rolim, deputado federal, ex-prefeito de Cajazeiras-PB por três vezes, fazendo serão em seu gabinete, já às oito e meia da noite, nem notou que o funcionário terceirizado da limpeza estava na área, exercendo sua função.
      Nunca fora ligado em futebol. Tinha como princí-pio que o Brasil deveria ser cam-peão na produção industrial, na ex-portação de bens, na produção de alimentos, nessas coisas.
        Trabalhava freneticamente no projeto de lei que iria propor: o da permissão de portar armas aos caminhoneiros em viagem. Sentia, desde a infância no interior do Ceará e da Paraíba, a insegurança de quem viajava na solidão das brenhas desse mundo de meu Deus. Era um fato real e repetido, desde a época dos tropeiros, que atravessavam os sertões em comboios de burros, transportando as riquezas, que este país produzia desde a época do império.
         Por mais que Rolim trabalhasse, por mais que ignorasse a presença do rapaz da limpeza, mais ele fazia barulho para ser notado. Não tinha jeito, o deputado estava absorto no seu projeto. Não havia barulho que chamasse a atenção dele.
         O bedel ficou impressionado com a concentração do congressista. Ate parecia que não estava na câmara. Ficou ali, parado, estático, presenciando o trabalho incessante do parlamentar.
         E ficaram os dois. Um trabalhando, outro observando.
         Passava das dez horas da noite. A câmara estava vazia, não havia viva alma, quando Rolim encerrou sua jornada.
         O faxineiro, depois de tanta espera, de tanto estranhar um deputado trabalhar até aquelas horas. Não conseguiu se conter e fez-se notar.
  Começou per-guntando de qual es-tado era o depu-tado. Depois, pergun-tou qual time ele torcia. Diante da resposta de que ele não tinha time de preferência, não se conteve.
         Começou dizendo que só podia ser um político, que não queria desagradar ninguém, mas estava claro: ele era flamenguista. E declarou: “como não seria torcedor do Flamengo uma pessoa que tem, em sua escrivaninha, uma bandeira vermelha e preta e, ainda em cima, nela escrito NÊGO”.
         Era a bandeira da Paraíba que Rolim mantinha em seu birô.

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Neste 1º de Julho a Rádio Alto Piranhas de Cajazeiras comemora seus 49 anos de fundação

   
Monsenhor Abdon Pereira  ao lado
do deputado Soares Madruga, corta
a fita de inauguração da Rádio Alto
Piranhas no dia 1º de julho de 1966,
sendo irradiada pelo
locutor Zenildo Alcântara
      Neste dia 1º de julho, a Rádio Alto Piranhas de Ca-jazeiras, completa 49 anos de fundação. É o aniversário de uma história de sucesso, que começou em 1966, quando a cidade teve o privilégio de ga-nhar a concessão desse impor-tante veículo de comunicação.
     A emissora foi concedida a um grupo de religiosos, na épo-ca, constituído pelo bispo Dom Zacarias Rolim de Moura, mon-senhor Abdon Pereira e mon-senhor Vicente Freitas. Os três, representando a Diocese de Cajazeiras, foram os re-sponsáveis diretos pela ins-talação e seu funcionamento. O Monsenhor Abdon foi o seu primeiro diretor administrativo. 
     Um fato marcante dessa trajetória aconteceu em 1983, quando a emissora deixou de ser mantida pela Diocese, com o seu controle passando para o empresário Francisco Arcanjo de Albuquerque, de saudosa memória, e hoje continua com os seus herdeiros, sob a orientação de José Antonio de Albuquerque. 

  No próximo ano a emissora completará 50 anos de exis-tência de bons serviços pres-tados à causa do desenvol-vimento político, social e cul tural de Cajazeiras e do Ser-tão da Paraíba.

     Estamos pretendendo para nesta data cinquente- nário a inauguração de sua nova sede, cujo projeto já está em fase final de ela-boração e que no inicio do mês de julho daremos inicio a construção.

     Temos ainda dois projetos em andamento, mas que dependem do Ministério das Comunicações: o primeiro é a definição do sistema que o governo federal vai implantar no Brasil para melhorar a qualidade de som das emissoras de Ondas Médias, quando será necessário a aquisição de novos equipamentos e outro é o de aumentar a potência da emissora para o máximo que for permitido pela Anatel.

     Na realidade a Rádio Alto Piranhas foi constituída no dia 21 de dezembro de 1961, mas só foi para o ar no dia 1º de julho de 1966, portanto cinco anos depois e este é um fato que marca o pioneirismo de Dom Zacarias Rolim de Moura, que é o seu verdadeiro fundador e autor da idéia, com “finalidades educacionais, cívicas e patrióticas”.

     A emissora esteve sob o comando da Diocese de Cajazeiras durante 17 anos, para no ano de 1983 ser transferida a sua con-cessão para Fran-cisco Arcanjo de Al-buquerque, de sau-dosa memória, que foi seu diretor até novembro de 2002, para em seguida ter como diretora até os dias atuais Maria Antonieta Cavalcante de Albuquerque.

    Ao longo destes 49 anos de existência esta emissora se constitui num importante veículo de divulgação de noticias, entretenimento e prestadora de relevantes serviços a todo o sertão da Paraíba, além de se irmanar às causas mais justas do povo e se destaca também na defesa intransigente dos interesses dos menos favorecidos da vida.

Rumando para o cinquentenário, voltamos a reafirmar o nosso compromisso de continuar honrando as melhores tradições religiosas, culturais e educacionais, informando, educando e divertindo.
     Quero também destacar que os nossos sucessos vêm dependendo de todos os nossos ouvintes, além de nossos clientes, funcionários e colaboradores. Sintam-se convidados para as celebrações de nossos 50 anos de vida, da “Emissora de Cajazeiras que o Nordeste Conhece”, a Rádio do Povo.
Fonte: Portal do Alto Piranhas