domingo, 9 de janeiro de 2011

Mídia paraibana envergonhada e enxovalhada!

Nunca se viu na história recente da Imprensa paraibana tantas cabeças de radialistas e jornalistas rolarem após o resultado de uma eleição. Na verdade, está havendo uma esperteza de alguns órgãos de comunicação, que usam concessões públicas para se engajarem em determinada facção política, punindo profissionais que se envolveram no pleito para, com isto, propiciar proveito pessoal dos seus proprietários.

Veja o caso do Correio da Paraíba. Como se sabe, o Sistema Correio se engaja em toda campanha eleitoral, usando as suas concessões de rádio e TV, que são públicas e, portanto proibidas de atuarem como partidos políticos. Nos últimos anos, o Correio tem sido uma facção do PMDB na Paraíba.

Enquanto estava dando certo e era conveniente para o Sistema Correio, tudo eram flores. Roberto Cavalcanti dizia que todos os jornalistas eram uma verdadeira “família” e até seus “filhos”, porque todos vestiam a camisa do Sistema. Elogiava demasiadamente Ruy Dantas, Gutemberg Cardoso, Josival Pereira, Marcelo José, Hélder Moura, Lenilson Guedes, Rubens Nóbrega, etc.


De uma hora para outra Dr. Roberto escanteou todo mundo


Concordo com Dr. Roberto. Todos, sem exceção, são grandes profissionais. Admiro a todos. E por que então o Sistema Correio está afastando todos eles dos seus quadros? O que aconteceu? De um dia para o outro esses profissionais não servem mais. Viraram mercadorias descartáveis, incômodos, leprosos, inconvenientes, indesejáveis, inconsequentes, etc.

Mas eu sei qual é o motivo dessa insatisfação. Quase todos os profissionais acima citados tomaram partido na eleição passada. Mas só o fizeram com a anuência, a aquiescência e a orientação do Dr. Roberto Cavalcanti, que sempre colocou o seu sistema de comunicação a serviço do governo e, com isto, recebendo tubos de dinheiro público, fora outras benesses escusas.

Portanto, esses profissionais amarravam o burro onde o dono mandava. Se fosse para se engajar na campanha de Ricardo Coutinho, eles teriam feito a mesma coisa, desde que isto fosse do interesse do Sistema Correio. Quem tem que assumir a responsabilidade pelo fracasso eleitoral do candidato do Correio, Zé Maranhão (PMDB), é sua diretoria. Ou seja: Roberto Cavalcanti, Alexandre Joubert e Beatriz Ribeiro. Ninguém mais.


Hélder Moura já não serve mais para os interesses comerciais do Correio


Não adianta estar trocando os jornalistas: Gutemberg Cardoso por Fabiano Gomes. Rubens Nóbrega por Heron Cid, Marcelo José por Samuca Duarte, e outros trocas-trocas. Todos são bons e excelentes. Esta não e a questão. O que o Correio quer é agradar Ricardo Coutinho a qualquer custo.

Acontece que o “Mago” é carne de pescoço. É duro de comer. Na verdade, o que o Correio deseja é um “cobrador” ou um “testa de ferro” para receber a verba milionária que sempre usufruiu no Governo do Estado. No entanto, Ricardo está atento com essas manobras e sabe que todo dinheiro endereçado ao Sistema cairá no mesmo bolso: o de Roberto Cavalcanti.

Sugiro à direção do Correio que contrate a Miss Paraíba para dar um dia de expediente na empresa. E também frequentar o Palácio da Redenção com o seu belo sorriso. Talvez, quem sabe, amoleça o coração de Nonato Bandeira e Ricardo Coutinho. Se a questão é agrado, acho que esta é a melhor opção.


Vai ser difícil Dr. Roberto amolecer o coração do secretário Nonato Bandeira


A propósito de agradar, Beatriz Ribeiro - diretora do Correio e filha de Roberto Cavalcanti - passou o maior vexame nesta semana. Compareceu ao Palácio, sem marcar audiência, e pediu para falar com Ricardo. No que foi prontamente atendida.

Beatriz adentra ao gabinete do governador. Estende a mão a Ricardo e diz:

- Governador, parabéns pela sua vitória! (Repetindo o cumprimento ao governador que já tinha feito posse).

Ricardo:

- Obrigado!

Nada mais lhe foi dito, nem perguntado. Beatriz procurou terra nos pés e não encontrou. Totalmente atordoada, deu meia volta e saiu pela mesma porta que entrou.


Talvez seja preciso o Sistema Correio recorrer à beleza e à simpatia de Natália Taveira


A respeito dos meios de comunicação na Paraíba, existe muita promiscuidade. As empresas querem transformar os jornalistas ou radialistas em cobradores de faturas do governo. O que é uma distorção na relação trabalhista. Algumas usam esses profissionais e depois os descartam como uma camisinha usada após uma relação sexual, dependendo do quadro político do momento.

A bem da verdade, a única empresa de comunicação que não admite esse tipo de procedimento promíscuo é o Sistema Paraíba de Comunicação. Lá, todos os profissionais são registrados de acordo com as normas trabalhistas e são terminantemente proibidos de usarem a função jornalística em proveito pessoal ou da empresa. Só o diretor comercial é quem está autorizado a tratar de assuntos de natureza financeira.

BATINGA EM ALTA I

O suplente de deputado estadual Carlos Batinga (PMDB), ao que parece, tem mais prestígio em Brasília do que o ex-governador José Maranhão (PMDB). Ele acaba de ser chamado para ocupar um cargo de relevância no Ministério dos Transportes, com verba anual de R$ 12 bilhões.


Zé continua isolado em Lucena, esperando um chamado de Dilma


BATINGA EM ALTA II

Enquanto isso, Maranhão continua isolado na praia de Lucena, deitado numa rede e com três telefones ligados, esperando uma “boquinha” na equipe de Dilma. Não saiu no primeiro escalão, nem no segundo. Mas ele continua “à espera de um milagre”.

BRIGA FEIA

A briga entre PMDB e PT na esfera nacional é de foice. O PMDB, comandado pelo vice Temer, Henrique Eduardo Alves, quer todos os cargos do segundo escalão, principalmente aqueles que têm muito dinheiro, para compensar a quantidade de ministérios que tem a menos que o PT: 5 contra 17.

deczoncunha@hotmail.com

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