Notícias de Cajazeiras _pb: Cajazeiras sem o seu Açude Grande seria menos bela!

Conforme documentos do século XVIII, foi concedido, por sesmaria, as terras aonde hoje é a cidade de Cajazeiras à Luiz Gomes de Albuquerque, jus- tamente o pai de Ana Fran- cisca de Albuquerque, depois conhecida como Mãe Aninha, a mãe de Inácio de Sousa Rolim, o padre Rolim.

Do casamento com Ana e Vital de Sousa Rolim, nasce Inácio, no Sítio Serrote, no dia 22 de agosto de 1800.

No mesmo ano, começa a construção da casa da família Rolim no Sítio das Cajazeiras Luiz Gomes fez doação do sítio à filha Ana de Albuquerque que, quando contraiu o seu matrimônio com Vital de Souza Rolim, transformou a localidade em uma grande fazenda de gado.

Às margens do rio que atravessava a fazenda construíram, no ano de 1804, uma casa conhecida como “A Casa Grande da Fazenda”. Próximo ao local, foi feito um reservatório d’água denomi- nado de “Açude Grande” que des- tinava-se ao abastecimento dos moradores e para a criação de animais.
No ano de 1915 houve uma grande seca, sendo necessário a ampliação do açude. Ana de Albuquerque iniciou a cons- trução da Capela de Nossa Senhora da Piedade, da qual era devota, no ano de 1834.

A pequena Capela que foi construída por “Mãe Aninha” (Ana de Albuquerque, mãe do Padre Rolim) veio a ser a catedral do bispado, cuja padroeira era Nossa Senhora da Piedade, hoje Matriz de Nossa Senhora de Fátima. O 1º Vigário foi padre José Tomaz de Albuquerque e o 1º bispo foi dom Moisés Coelho, que tomou posse no dia 29 de junho de 1915.

O casal também teve outros filhos, mas foi Inácio que se destacou e pela inteligência e pelo espírito visionário,depois de ter recebido os princípios da sua formação na cidade do Crato-CE, ele se ordena sacerdote em setembro de 1825, em solenidade presidida por Dom Tomaz de Noronha, no Palácio Episcopal de Olinda-PE.

Resumindo: O Açude Grande é o cartão postal da "cidade que ensinou a ler". Tem muita histórias. Papai (Chico Rolim) conta que quando foi lançar o seu livro autobiográfico "Do Miolo do Sertão" na cidade de Campina Grande na Livraria Pedrosa, solenidade bastante concorrida com a presença até do Ronaldo Cunha Lima, foi abordado por um senhor moreno e alto de idade bastante avançada que comentou que tinha vindo ao lançamento do livro pelo fato de ter trabalhado em 1915 nas obras da ampliação do Açude Grande como topógrafo e queria matar as saudades da Terra do Padre Rolim, revendo cajazeirenses.

VEJA MAIS FOTOS ANTIGAS DO VELHO AÇUDE GRANDE:

Animais pastando no sangradouro seco.

"O açude está sangrando", quando corria esta notícia a cidade corria para o sangradouro para ver a água descer.

O Açude hoje poluído foi antigamente um grande abastecedor de água potável da cidade.

Era grande a romaria das mulheres apanhando água no açude.


Também servia como lavanderia da cidade.

Em março de 1947, o Prefeito Manoel Lacerda inaugurou esta pracinha na escadaria do açude.

A Pracinha do Sapo hoje.

A sangria do açude:

Quando o açude sangra é festa com certeza!

A gurizada faz a festa!

Brincam à vontade!

Leblon, outro ponto turístico da cidade:

Como é linda a minha Cajazeiras!

O lugar é lindo, no começo sempre lotado

É um ambiente bastante agradavel


Nos finais de semana acontece shows de artitas locais!! Crédito: Ângelo Lima

É um ponto turístico muito bem frequentado na cidade sertaneja.

Na parte da tarde poderemos apreciar a natureza admirando o sol repousar nas águas do Açude Grande e a noite conhecer novas pessoas nos bares e quiosques do Leblon, que é um dos principais point de encontro das noites cajazeirense.

Nos fins de tarde de quarta aos domingos, entre 16:30h e 18:30h, é realizado um projeto denominado de “Arte ao Por do Sol” onde turistas podem observar o belo por do sol ouvindo músicas tipicamente nordestinas ao som do sax.

A população e os turistas podem desfrutar de uns dos mais belos fins de tarde de todo o Nordeste. E a noite podem usufruir de um ambiente de descontração e animação nos bares do Leblon, tomar aquela cerveja geladinha e apreciar os pratos típicos, e ainda, por ser um local aberto ao público há uma maior intereção entre moradores e turistas que visitam a cidade.

Depoimento de Fernanda Paula

Outras fotos: