domingo, 26 de maio de 2013

Ninguém se perde na volta!

Pereira Filho:
"Fico pensando o seguinte: num futuro bem próximo, saio de Brasília direto para Cajazeiras a bordo do avião de uma grande empresa aérea, para pousar no novo Aeroporto de Cajazeiras. Antes de pousar, esse avião passa ao lado do Cristo Rey, da Catedral e por cima do Açude Grande. E, finalmente, estou na minha Cajazeiras. 
“Ô CARRAZÊRA BÔA!”.

Ainda não foi desta vez..

Cajazeiras, estou chegando!

Lembranças do Pereira:
"Com os olhos de guri que há pouco limpara a remela – até parece que a fase maior de remela da gente é quando criança – saio de casa e dou de cara com Pedro Américo, o da Rua, em seu corcel,  empunhando uma espada e gritando aos quatro cantos de Cajazeiras: “Ensinar a ler, ou morte!"
Sorria!

Lembranças do Pereira:
"No final da década de 50 eu via muitas pessoas em Cajazeiras falarem que iam morar em São Paulo, ou no Rio de Janeiro, ou em João Pessoa, ou em Fortaleza, etc. Naquela época, Cajazeiras oferecia pouca oportunidade de emprego e isso fazia com que muitas pessoas deixassem a cidade em busca de uma vida melhor fora dela"
Logo mais vai matar as saudades da Rua Pedro Américo de tantas lembranças
Lembranças do Pereira:
"Bam! Bam! Bam! Alguém batia no punho de minha rede. Imaginei ser minha mãe acordando-me para ir ao Grupo Dom Moisés Coelho aprender o bê-a-bá.
- Acorda, Eduardo, se não você vai perder as aulas! Levanta! Não se esqueça que Cajazeiras é a cidade que ensinou a Paraíba a ler!

A emoção do desembarque

Lembranças do Pereira:
"Nasci, me criei e morei em Cajazeiras até 20 anos de idade. Eu estudava no Colégio Estadual e tinha terminado o curso ginasial, em 1971. Nesse mesmo ano eu trabalhava na Rádio Alto Piranhas, mas não pensava ainda que num futuro eu me tornasse um profissional do rádio. Saindo de Cajazeiras, fui morar em São Paulo a mando de minha mãe. Segundo ela, em Cajazeiras eu não ia ter um futuro e, portanto, ela estava com razão nessa colocação, porque 'coração de mãe não se engana'”


Trouxe a família


Lembranças do Pereira:
"Quando eu estava prestes a concluir o ginasial, eu e meus colegas de classe, Kérson Maniçoba e Dedé Cabôco, fazíamos planos para irmos morar no Rio de Janeiro, sem dar conhecimento para nossas famílias. Minha mãe ao saber desse plano mandou que eu fosse morar em São Paulo, porque lá eu teria um futuro melhor. Ou seja, saí de Cajazeiras em 13 de dezembro de 1971, às 22 horas, de carona em um caminhão do cunhado de minha mãe, João Nestor"
Visitando a Catedral de Nossa da Piedade


Lembranças do Pereira:
"eu e meus irmãos Ivaldo (falecido), Valdim, Toinho e outros que não cito aqui por questão de espaço, apesar de meu computador comportar dois gigabaites de memória, resolvemos, repito, colocar a transmissão da Rádio Alto Piranhas ao vivo, aqui em Brasília,  para deleite, admiração e perplexidade de todos presentes às nossas farras caseiras... ". Foi bom enquanto durou porque alimentamos o frisson em nossos conterrâneos de se sentirem abraçados pela voz dos locutores de Cajazeiras, e, o mais importante, AO VIVO!
Edmundo Amaro e Arnaldo Lima me entrevistando no Programa "R.A.P a Dona da Bola"
Lembranças do Pereira:
"Hoje em dia, a internet coloca no ar, ao vivo, até a rádio de Cachoeira dos Índios. Não que eu despreze essa cidade, mas é para ressaltar sua importância de ser ouvida no mundo inteiro. Agora, colocar no ar, ao vivo, de Cajazeiras, os programas da Rádio Alto Piranhas, em fins da década de setenta, convenhamos, não é pra qualquer um não! Isso requer muita tecnologia! E nós captamos essa tecnologia, tudo em nome de nossos conterrâneos sedentos e saudosos de Cajazeiras"

Petson Santos e jornalistas do Diário do Sertão me entrevistando sobre os 45 Anos da Rádio Alto Piranhas, a qual fiz parte desta emissora em 1971.
Lembranças do Pereira:
"A galera cajazeirense, boquiaberta, ouvia programas de Zeilto Trajano e principalmente programas musicais, aqueles programas que informam a hora e botam músicas e informam o prefixo da emissora"
Jornalistas do Diário do Sertão de Cajazeiras
Lembranças do Pereira:
"O fato real era o seguinte, e agora eu conto o simples mistério: No final do ano viajávamos, de férias, para Cajazeiras e, como se não bastasse os dias passados lá para matar as saudades da cidade gravávamos em fitas cassetes os programas da Radio Alto Piranhas, a nossa preferida, e, quando dessas farras em casa, em Brasília, colocávamos essas fitas cassetes de forma disfarçada em nosso som três-em-um e, no momento em que o locutor ia falar as horas, e nós já sabíamos o momento exato dessa informação, então entrava aí nossa teatralização vocal.  
Foi bom enquanto durou porque alimentamos o frisson em nossos conterrâneos de se sentirem abraçados pela voz dos locutores de Cajazeiras, e, o mais importante, AO VIVO!"

Estádio Higino Pires Ferreira. No fundo a torre da igreja do Colégio Diocesano Padre Rolim
Lembranças do Pereira:
"A cidade de Cajazeiras já teve várias equipes de futebol que participavam do campeonato local, na década de 60, e as que mais se destacavam eram o Santos de seu Sérgio David, o Estudante de seu Zé Gonçalves, o Botafogo de Edson Feitosa e o IBIS de Mimita. Além dessas equipes outras também participaram, como o Cajazeiras, o Centenário, o Duque de Caxias, entre outras."
"O Estádio onde se realizava as partidas, era o Estádio Higino Pires Ferreira, que foi fundado em 10 de julho de 1948, com capacidade para cinco mil torcedores e tinha como proprietário o Atlético Cajazeirense.  
No lado das arquibancadas tinha ainda duas cabines de rádio: uma da Rádio Alto Piranhas, que tinha como narrador Zeilto Trajano e outra da Difusora Rádio Cajazeiras, e Jucier Lima era o seu narrador.
Os comentaristas e repórteres de campo das referidas emissoras, ficavam sentados na parte interna do alambrado, que separava o campo dos torcedores. O comentarista da Rádio Alto Piranhas, Jota Gomes (Badin), ficava neste local, juntamente com os repórteres de campo Chagas Amaro e eu, Pereira Filho."
Rua Pedro Américo. Morei durante 13 anos nesta rua.
Lembranças do Pereira:
"Cajazeiras: década 60/70. Sempre morei na Rua Pedro Américo quando residi em Cajazeiras. Nasci lá, me criei lá, me eduquei com a molecagem de rua, lá. O mundo passava pelo meu olhar infantil e adolescente, lá."


Morei nesta casa onde a moto está em frente.



Lembranças do Pereira:
"Como a canção popular, eu tinha vontade de ladrilhar aquela rua de pedrinhas de brilhante só para ver os acontecimentos da cidade e as pessoas nela passarem com muita doçura, com açúcar e com afeto, como falava a canção de Chico Buarque."C
Na Pedro Américo passava Zé de Souza empurrando sua bicicleta por não querer subir a ladeira do início da rua, pedalando".
Prédio do antigo Cine PAX e prédio das Freiras no fundo.
Lembranças do Pereira:
"Na Pedro Américo, de um lado era casas, de outro, era o muro do Prédio das Freiras, mais tarde Cine Pax. Esse muro servia de mural para gente rabiscar e desenhar à carvão e gesso. Toinho, meu irmão, desenhou um emblema do Botafogo do Rio de Janeiro, time que torcia, praticamente escarificando a parede, e por isso ficou lá por muito tempo"
Início da Rua Barão do Rio Branco e escadaria ao lado da ponte do sangradouro.
Início da Praça João Pessoa, foto tirada da escadaria do Açude Grande.
Rua Juvêncio Carneiro. Próximo a antiga Rodoviário Antônio Ferreira
Rua Juvêncio Carneiro, próximo a Praça dos Carros.
Praça João Pessoa, próximo ao Mercado Público.
Sangradouro do Açude Grande. No fundo vê-se as torres da Catedral e Igreja Nossa Senhora de Fátima e ainda o serrote do Cristo Rei
Lembranças do Pereira:
"O baldo do Açude Grande de Cajazeiras é um local que pode ser considerado um dos mais visitados desde o início de sua construção. Baldo, paredão ou passarela do Açude Grande? Não importa de que maneira seja falado, o que interessa é que o cajazeirense tem orgulho de ter esse local como grande preferência para apreciar o pôr-do-sol. Em muitos poemas e poesias, o Açude Grande é citado pela beleza quando os raios do sol se refletem sob sua água, dando importância e dimensão do local."
À esquerda o Cajazeiras Tênis Clube
Lembranças do Pereira:
"Ao subir a escadaria do Baldo na Praça João Pessoa e chegar ao último degrau, a contemplação da beleza do açude faz com que valeu o esforço naquele momento. Sentar no banco de cimento do Baldo e tirar fotos do pôr-do-sol de vários anglos, é beleza pura. Aproveitando este momento de tirar fotos, gira-se em sentido contrário e fotografa-se a Praça João Pessoa para registrar o seu cotidiano com o movimento de carros, motos e pessoas".

Lembranças do Pereira:
"Outra beleza do Açude Grande são os pastos verdes que se formam na sua margem, bem como os canoeiros, que fazem pescaria com suas tarrafas, galões e varas, à procura de um peixe para sua alimentação. Muitos casais da cidade iam para o baldo assistir o pôr-do-sol e a lua, enamorar, paquerar e acredito que muitos chegaram a se casa."
Xamegão em clima de São João
ntigo Grêmio Artístico e hoje Clube dos Dirigentes Lojistas (CDL)
Antiga Escola Pedro Américo e hoje Instituto Histórico de Cajazeiras, que fica nos fundo do CDL
Cachoeira FM de Cachoeira dos Índios - PB.
EU na Rádio Cachoeira FM

Em construção prédio Atlântico Sul no Jardim Oásis. O mais alto de Cajazeiras

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