domingo, 12 de maio de 2013

A infância e as suas marcas...

por José Fernandes Almeida Neto
Tempo que dá tempo, crescimento que não é imaginado, tudo se concentra no brincar, no faz de conta de ser grande. Oh tempo que não volta mais, tempo que não deixou tempo, nem para o tempo dizer:
- Tchau momentos de alegria, tristeza, dúvida, mo- mentos imortais para as mentes férteis, inspiradas nas lendas urbanas, nas estórias e contos.
Oh! Quando olho já sou grande demais, não posso mais pensar no que ouvia os outros dizerem, agora tem de não mais escutar. Devo ser grande, tenho de ser grande de verdade; re-alizar e vencer os obstáculos túrbidos da vida hodierna, a esses momentos quando tem- po tenho, lembro o passado que não mais me pertence, pertence a uma senhora chamada história que jamais me devolve, apenas me envolve no lembrar...
Confuso! Desesperado, fico a fazer interrogações do que posso fazer para mudar o mundo. Logo me vem uma resposta bem clara: - comece mudando a você mesmo. Rápido levanto-me da lacuna paralela da mente que confuso mais me faz ser; e com essa voz gravada na mente, passo a passo vou seguindo, sem cessar nenhum segundo. Do relógio não tão seguro que me faz ser seu escravo, relógio obediente ao tempo, que sempre diz: que eu não devo perder nenhum momento. Se fosse de obedecer todo segundo, tudo, tudo mesmo seria diferente, perfeito, mas, não é. Somos donos do que praticamos, somos filhos dos outros, que também são filhos dos outros, em uma escola inimaginável. Ah tempo bom! Ah tempo que não volta! E se voltar, não aduz contigo os perigos que já enfrentei nesse tempo que nomeei de bom.

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