União e trabalho responsável
Diretores do grupo empresarial cearense contam experiências do negócio familiar a jovens lojistas
Foi
uma aula teórica e prática que tiveram ontem quase 100 integrantes da
CDL Jovem de Fortaleza, aos quais falaram três gerações, explicando, em
detalhes, a exitosa sucessão familiar do Grupo C. Rolim, decidida em
apenas 60 dias e após quatro tranquilas reuniões.
Família Rolim contou histórias que fazem parte das décadas de existência do Grupo FOTO: DIVULGAÇÃO
"Temos
três princípios: a união, o trabalho responsável e perseverante e a
ética. Se a família for unida, chega lá" - disse, sob aplausos, a
matriarca Edir Rolim, ladeada pelo filho mais velho, Pio, e pela neta
Ticiana, que toca os negócios da C. Rolim Engenharia, uma das 13
empresas do grupo.
Início
Saudados pelo
presidente da CDL Jovem, Paulo Guterres, das lojas Desconexo, os Rolim
repartiram a conversa em três tempos. No primeiro, Pio Rodrigues contou a
história do pai Clóvis Rolim, que, em 1949, saiu da Fazenda Pé Branco,
em Cajazeiras, no sertão da Paraíba, e veio para Fortaleza, onde abriu o
Armazém Nordeste, iniciando uma carreira empresarial que o levaria a
tornar-se o mais influente líder do comércio varejista do Ceará. "Meu
pai era um otimista. Ele nos repetia sempre: ´Se com otimismo as coisas
já são difíceis, com pessimismo elas se tornam impossíveis´. E também
era um obstinado que nos ensinava, dizendo: ´O possível por si só já
está feito. Eu quero o impossível´. E foi assim que todos os seus
projetos se realizaram", diz Pio.
Pio Rodrigues contou como se deu a sucessão familiar no Grupo C. Rolim.
Primeiro,
o pai já havia distribuído, porcentualmente, entre os quatro filhos uma
parte das ações do grupo e as correspondentes tarefas de cada um em
cada empresa. Exemplo: ele colocou Ricardo Rolim na direção da Casa Pio.
Algum tempo depois, intuiu que o lugar certo para ele era a Crasa, e
para lá o mandou, chamando Clóvis Júnior para o seu lugar.
Alguns
anos após a morte do marido, D. Edir Rolim repartiu com os filhos todas
as suas ações, ficando com apenas 4% delas. Consensualmente, a família
decidiu também que o controle acionário e a gestão de cada empresa
ficaria nas mãos de quem já as comandava.
Ticiana Rolim Queiroz disse que, nas terças-feiras, toda a família reúne-se em almoço na sede das empresas, no Centro Empresarial C. Rolim, no Centro de Fortaleza. "É nessa ocasião que descobrimos que tudo continua como antes, pois todos sabemos o que acontece com todos os negócios do grupo, e isto demonstra a nossa grande união".
Ticiana Rolim Queiroz disse que, nas terças-feiras, toda a família reúne-se em almoço na sede das empresas, no Centro Empresarial C. Rolim, no Centro de Fortaleza. "É nessa ocasião que descobrimos que tudo continua como antes, pois todos sabemos o que acontece com todos os negócios do grupo, e isto demonstra a nossa grande união".
Modelo conservador
Para
Ticiana, o modelo de gestão de negócios do Grupo C. Rolim "é
conservador, pois, embora adaptado constantemente aos novos desafios do
mercado, seus princípios são os mesmos implantados pelo meu avô".
Fechando a conversa, D. Edir Rolim confessou que, imediatamente depois da morte do marido, se sentiu insegura em relação à gestão dos negócios da família. "Mas durou pouco essa insegurança, pois meus filhos se mostraram capazes de enfrentar e vencer o desafio. E foi o que aconteceu".
Fechando a conversa, D. Edir Rolim confessou que, imediatamente depois da morte do marido, se sentiu insegura em relação à gestão dos negócios da família. "Mas durou pouco essa insegurança, pois meus filhos se mostraram capazes de enfrentar e vencer o desafio. E foi o que aconteceu".
ATUAÇÃO13 empresas compõem o Grupo C. Rolim, fundado por Clóvis Rolim. Engenharia e comércio estão entre as áreas de atuação dos empreendimentos
EGÍDIO SERPA
COLUNISTA
COLUNISTA
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