O destino os uniu por capricho. Eu morava em São Luís e como bom cajazeirense ia todos os anos à Semana Universitária ou Cachacitária de Cajazeiras, dependo de quem falava. Monsenhor Vicente Freitas, por exemplo, optava pela última denominação.
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Fernando no círculo vermelho, sendo observado por mim. |
Com orgulho levava a minha turma amiga de maranhenses. Fernando Moreira Lima era um indefectível companheiro destas viagens juntamente com Carlos Xavier e Falcão.
Numa destas, julho de 1976, certa madrugada ao voltarmos de um baile no Cajazeiras Tênis Clube pra dormir (nosso rancho era a casa de Tio Waldemar), deparei-me com o Fernando enlevado, arrebatado inesperadamente pelo Cupido. Curioso quis saber quem era a fada que o tinha deixado encantado, balbuciou ainda sobre o efeito do amor: “É Fátima!”. Ora, Fátimas é o quem mais tem em Cajazeiras, como era ela quis saber. “linda, morena, rosto belo redondo, estatura mediana...”. É claro que este perfil também era típico de uma cajazeirense e assim ficava difícil eu saber quem era a musa arrebatadora.
Pelo meio dia ao acordar fomos à AABB e lá encontro Fátima de Dulce, amiga de infância, e abraço-a com um beijo carinhoso. Fernando, um pouco afastado quase vai a pique ao vê-la e corre ao nosso encontro. Aí quem fica sem entender nada fui eu. Abraçam-se e me deixam falando só, somente é que entendi quem era a Fátima que tinha endoidado o meu amigo maranhense.
Não deu outra, paixão à primeira vista. Terminada a Semana Universitária, voltamos para o Maranhão e Fátima para Recife onde morava. Logo tratam de me arranjar uma namorada para Fernando ter companheiro de viagem de São Luís ao Recife, nada menos de 1,6 mil km entre as duas cidades.
Sem brincadeira, pelo menos uma vez por mês fazíamos o trajeto São Luís-Recife. O meu arrumado namoro não foi muito adiante, não fazia parte dos meus planos casar, mas só Fátima se formar em Psicologia que casaram no remoto ano de 1979 e tive a honra de ser o padrinho juntamente com os companheiros de viagem, Carlos e Falcão. Até hoje moram em São Luís.
Hoje já vão mais de 35 anos e ainda tive a honra e a felicidade de participar das Bodas de Prata do casal com a importante incumbência de entrar de mãos dadas na igreja com a mãe da noiva, ou melhor, esposa.
Parabéns, Fernando e Fátima, a sua abnegação pelos esportes, em especial pelo Frescobol valeu o título!
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