por Francisco Frassales Cartaxo
Janilson Rolim “Se o eleitor é ladrão, vote num ladrão” |
A campanha eleitoral em Cajazeiras está cheia de questões judiciais. E de intrigas pessoais indicando perspectiva de violência para além dos desaforos verbais comuns em tempo de eleição. Pouco se discute assunto sério. O professor José Antônio de Albuquerque está quase rouco de tanto pregar no deserto com a sequência de artigos sobre Debates Eleitorais, a AC3, com a persistência de Josias Farias, faz avança o projeto da urbanização do Açude Grande e Cabral Filho alerta para a inclusão da cultura na agenda de nosso desenvolvimento. O padre Janilson Rolim ensina ao exemplificar: “Se o eleitor é ladrão, vote num ladrão”. Mais direto impossível.
Nem falo da ação do MAC, por notória suspeição. No entanto, não me eximo de focar um ângulo de nossos inúmeros e angustiantes problemas que, pelo menos, deveriam entrar nas preocupações de quem deseja continuar na prefeitura ou a ela voltar ou nela ingressar pela primeira vez. Essas questões podem ser abraçadas até mesmo por algum postulante à câmara municipal que, movido por interesse cidadão, demonstre o mínimo de atenção à extraordinária fase de crescimento ora vivida por Cajazeiras, infelizmente, sem a desejada correspondência no campo político-partidário. Por isso, sugiro despretensioso roteiro que, se adotado com determinação e criatividade, pode representar o diferencial de campanha.
Obras públicas paralisadas. Qualquer cajazeirense conhece várias obras públicas iniciadas e não concluídas. Algumas até já esquecidas, como o hospital parado nos alicerces junto ao Perpetão. Um giro do candidato pelo município com lápis, papel e máquina fotográfica, pode fornecer material capaz de despertar o interesse de pessoas que desejam, de fato, o bem da cidade. A partir desta lista inicial, o candidato deve pesquisar a história da obra, identificar os responsáveis pela sua paralisação, sejam gestores públicos ou empresas privadas.
Promessas não cumpridas. Aqui o candidato faz um esforço para lembrar promessas de campanhas passadas, feitas pelos candidatos a prefeito. Saca as promessas não realizadas e investiga as causas do seu abandono pelo autor.
Indústrias Fantasmas. Todo gestor público tem a mania de fazer mesura com o chapéu alheio. Às vezes, empreendimentos privados são catalogados como realizações de prefeito, governador e presidente da República. Em Cajazeiras alardeou-se, recentemente, como ação de governo a instalação de fábricas, mediante concessão de incentivos e de articulações até fora do País. Cajazeiras vibrou, por exemplo, com fábricas de calçados, montadoras de motos, indústria de produtos derivados do leite e outras iniciativas. Todas fecharam. Um mistério. Sumiram num abrir e fechar de olhos. Trabalhadores e trabalhadoras perderam seus empregos. E fica por isso mesmo.
Que fazer então? O ideal seria montar painéis em lugares públicos, com a devida autorização da Justiça Eleitoral, com fotos e textos explicativos. Painéis do tipo: “Refrescando a Memória” ou o popular “Você Sabia?” Que tal divulgar também do Guia Eleitoral? Ficam aí as sugestões para candidato, sem rabo preso, a prefeito ou a vereador. Cobrar explicação ajuda o eleitor a votar bem. Pense num trem inovador! De quebra, padre Janilson teria outros exemplos a oferecer na sua educativa pregação, além de citar ladrão e assassino.
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