Fonte: Blog Cajazeiras de Amor (Francisco Cleudimar F. de Lira)
O
Maestro Rivaldo Antonio Santana (foto) era natural da cidade de Vitória de Santo Antão
no Estado de Pernambuco. No início dos anos 60, aportou em Cajazeiras através
de um circo onde era integrante do grupo de músicos do mesmo. Com a saída do
circo, o maestro preferiu ficar na cidade, já que a mesma consolidava os
primeiros acordes para formação de sua orquestra. Na banda cajazeirense, a sua
primeira apresentação em público se deu na execução de duas peças, o Hino
Nacional Brasileiro, com arranjos simplificados e o dobrado Capitão Caçula
(Marcha do Soldado).
Já
entrosado com os músicos locais, participando ativamente de monitorias para
formação de fanfarras escolares, bem como, as atividades ligadas a músicas na
cidade, o maestro Rivaldo Santana, decidiu compartilhar a sua experiência na
área com outros municípios vizinhos, como foi o caso do trabalho feito a partir
de 1962, na cidade de Ipaumirim, onde o músico praticamente fundou a Banda
Municipal e dividiu também as suas habilidades de arranjador na formação da primeira
orquestra de baile daquela cidade cearense, citada abaixo pelo músico Francisco
Joaquim Farias.
Banda de Música de Ipaumirim/CE. |
“Foi
no dia 07 de setembro daquele corrente ano de 1962 que a bandinha, pela
primeira vez, fez ecoar seus acordes pelas ruas da cidade. Estava, naquela
festiva data de comemoração da Independência, lançado em Ipaumirim aquele que
foi, até o presente momento, o projeto que mais revelou talentos na arte, com
alguns conhecidos em todo o Estado.” E acrescentou, “Essa Orquestra, que teve
um copioso trabalho de ensaios, pela inexperiência dos músicos em atuar em um
novo segmento, a música popular, teve a oportunidade de associar a qualidade
notável dos arranjos do Mestre Rivaldo Santana.”
Sua
grande colaboração a cultura de Cajazeiras é irretocável e foi reconhecida no
brilhante trabalho que fez como professor de música, regente da filarmônica
Santa Cecília e no coral João de Deus, que na época era ligado ao antigo NEC -
Núcleo de Extensão Cultural, órgão vinculado
ao antigo Campus V da UFPB, pelo qual o maestro respondia pela
coordenação de música. Formador de uma geração de músicos,
Rivaldo
Santana foi um incentivador incansável da busca de novos talentos. Passou por
quase todas as orquestras formadas na cidade, como fui o caso das orquestras
“Chaveron” e “Manaíra”, onde o maestro deu sua colaboração como músico e
arranjador. A sua morte foi uma perca
para a música cajazeirense. Ocorreu na cidade de Campina Grande, Paraíba, em
setembro de 2006.
Grande MAESTRO RIVALDO SANTANA, de saudosa memória.
ResponderExcluirAprendí com ele nas aulas de Educação Artística do Colégio Estadual, a diferenciar uma colcheia de um fusa.
Me obrigou a aprender partitura para poder tocar surdo na banda marcial do colégio.
Tocou num velho órgão da catedral,o qual passou
dias afinando,a Marcha Nupcial no meu casamento em 1983, a pedido da minha mulher, também sua ex aluna no colégio NSL.
Figura exótica, irrascível, mas inesquecível!
Mais uma... como sempre... da fonte.
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