A família do cajazeirense ficou indignada com o prefeito Léo Abreu (PSB) e com o superintendente da SCTRANS (Superintendência de Trânsito de Cajazeiras), Marcos Túlio
A  homenagem ao mártir ficava localizada na Avenida Comandante Vital  Rolim, centro de Cajazeiras. A Prefeitura de Cajazeiras destruiu esta  semana o único monumento histórico da cidade, que homenageava o mártir  João do Couto Cartaxo, que morreu defendendo a “Terra do Padre Rolim”,  para construir uma rotatória no local.
A família do cajazeirense ficou  indignada com o prefeito Léo Abreu (PSB) e com o superintendente da  SCTRANS (Superintendência de Trânsito de Cajazeiras), Marcos Túlio. A  homenagem ao mártir ficava localizada na Avenida Comandante Vital Rolim,  centro de Cajazeiras.
Cartaxo foi assassinado com um tiro no  peito quando defendia as terras de Cajazeiras. Segundo a representante  da família Cartaxo, Maria Cartaxo Rocha (Dona Dadinha), 80 anos, o  monumento foi construído com recursos próprios dos familiares. Ela  definiu como falta de respeito do poder público com a família e com a  cidade.
Sem explicação
O assunto vem causando muita polêmica e  confusão na cidade, inclusive é motivo de revolta para os hitoriadores  de Cajazeiras. O professor José Antonio definiu com um ato insano, pois,  o monumento era um patrimônio histórico do povo de Cajazeiras. “Foi um  crime contra a história de Cajazeiras, porque destruíram o monumento do  único herói da cidade”, disse o historiador indignado.
Disparidades Políticas
Durante entrevista ao Portal Diário do  Sertão, Dona Dadinha conta que a perseguição dos Abreus contra a família  Cartaxo vem de muito longe. De acordo com ela, tudo começou quando um  dos blocos onde hoje está localizado a Coca-Cola (próximo a Avenida  Comandante Vital Rolim) recebeu o nome de seu pai. Ao entrar na  prefeitura, o atual deputado estadual e então prefeito, Vituriano de  Abreu, vendeu o prédio que levava o nome da família. “Ele mandou jogar a  placa de bronze com o nome de meu pai no lixo, foi a primeira vez que  fomos desrespeitados”, relata Dona Dadinha.
Em seguida, a família se reuniu e fez  uma homenagem a João do Couto Cartaxo. Dessa vez uma placa foi posta na  Praça da Igreja Nossa Senhora de Fátima e conforme Dona Dadinha a  condecoração também foi arrancada e abandonada.
A família inconformada resolveu então  que faria uma praça, com bancos e um monumento para guardar a memória do  cajazeirense, na esperança de que desta vez os direitos fossem  respeitados. “E agora, pela terceira vez, nossa família está passando  pelo desconsolo de ver a Praça João do Couto Cartaxo, que foi construída  por nós mesmos, ser destruída com o maior descaso”, contou emocionada a  senhora Dadinha.
SCTRANS
Procurado pelo DS, o superintendente da  SCTRANS fez alguns esclarecimentos acerca desta polêmica. Segundo ele, o  trecho da Comandante Vital Rolim estava precisando muito de um serviço  de rotatória para melhorar o tráfego.
Marcos Túlio garantiu que a família  Cartaxo foi comunicada da demolição do monumento, através de Roberto  Cartaxo. Ele disse que no projeto da rotatória vai ser feita uma  homenagem ao defensor da cidade.
Objeções da Família
A família Cartaxo, em nome de Dona  Dadinha esclareceu durante entrevista que não é contra o trabalho para a  melhoria do trânsito em Cajazeiras, e que só está indignada pelo  descaso mostrado para com a família e com a memória do homenageado.
Dona Dadinha fez questão de frisar que a  família não concorda com qualquer projeto que envolva monumentos de  João do Couto Cartaxo dentro de rotatória e avisa: “A prefeitura pode  escolher um local e consultar a família, pois, nós vamos exigir a  construção de uma nova praça com as mesmas condecorações”, ressaltou  ela. Os Cartaxo ainda deixaram uma sugestão de local para que o  monumento fosse erguido: o terreno em frente ao prédio da Associação  Comercial.
O presidente da Câmara Municipal, Marcos  Barros afirmou que está ciente da demolição do monumento, pois, um  membro da família já havia comentado sobre o projeto da prefeitura. “O  superintende do SCTRANS ficou de enviar o projeto a Câmara, mas já tinha  adiantado que ninguém sairia prejudicado, pois a homenagem ao mártir  seria mantida”, enfatizou o presidente.
Rita Bizerra, com Diário do Sertão


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