domingo, 29 de maio de 2016

Rua Epifânio Sobreira e sua história

  Ruas de Cajazeiras
Extraído do livro "Ruas de Cajazeiras" de Deusdeth
    Antiga artéria, situada na zona comercial de Cajazeiras, a atual Rua Epifânio Sobreira, teve, inicialmente, a denominação de Rua do Sol (segundo informações dos mais idosos da cidade), passando, depois, a ter o nome de Rua 15 de Novembro como homenagem da edilidade ao regime republicano instalado pelo Marechal Deodoro da Fonseca. Já em nossos dias, passou a ter a denominação rua Epifânio Sobreira, em homenagem ao benemérito cajazeirense que residiu naquela rua, onde construiu a sua bonita e confortável mansão.
    A Rua Epifânio Sobreira começa na Praça Coração de Jesus e se es-tende, na direção do poente, até à parede do chama do Açude Gran-de. Em 1890, contava com dezenove casas, quase todas localizadas no trecho comercial da cidade. Começa com considerável largura e vai se estreitando no seu prolongamento até a parede do chamado Açude Grande, onde o Prefeito Otacílio Jurema construiu uma escadaria de acesso àquele agradável recanto da cidade.
O solar do Major Epifânio Sobreira
     O velho solar do Major Epifânio Sobreira foi um ponto de referência naquele trecho da cidade. A 28 de setembro de 1924, o bandoleiro Sabino Góis tentou assaltá-lo, sendo repelido pelo seu proprietário que, no fim daquele entrevero, resultou refido à bala em um dos seus pés. Aquele lamentável episódio foi descrito pelo jornalista cajazeirense, Antonio José de Souza, em seu trabalho “Subsídios para a História de Cajazeiras” editado em 1987.
Nesta rua foi construído
o primeiro edifício comercial da
 cidade com mais de dois pavimentos
Naquela rua funcionou a redação do procurado semanário “O Rebate” que obedecia à orientação política do comerciante Marcolino Diniz e contava com o redator-chefe, o bacharel Praxedes Pitanga. Era o tempo em que a cidade contava, com “O Rio do Peixe”, de orientação diocesana; com “O Sport”, dirigido por Antonio José de Souza; com “A Ação” e com a surpreendente revista “Flor de Liz”, mantida por dedicados senhores, integrantes da Ação Católica Feminina, sob a direção de Odília leal e Rosinha Tavares..


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