Por
Fernando Caldeira
Lembro-me
bem da felicidade de uma cidade com a conquista do seu primeiro curso de
medicina. Foi no dia 9 de maio de 2007 que o Conselho Universitário da
Universidade Federal de Campina Grande (Consuni/UFCG) por maioria de 18 votos,
decidiu que o novo curso de medicina daquela instituição ficaria na cidade de
Cajazeiras. Era a realização do sonho de uma gente que aposta no
desenvolvimento, via educação. Com razão o povo de Cajazeiras foi às ruas dar loas
à boa nova!
É
bom lembrar, entretanto, que dificilmente teríamos a conquista do curso de
medicina, não fosse o desmembramento da Universidade Federal da Paraíba, em 09
de abril 2002, nascendo ali a UFCG. Lembro-me também que poucos eram os alunos
dos campi do interior que aprovavam o desmembramento da UFPB. Achavam que seus
diplomas perderiam valor e que os cursos perderiam qualidade. Ledo engano. O
tempo tratou de mostrar o equívoco!
Pois
bem, o desmembramento da UFPB e consequente surgimento da UFCG fez bem às duas
instituições, a seus alunos, professores e funcionários. O número atual de
alunos, de cursos, de professores mestres e doutores, e de funcionários,
demonstra isso de forma cabal.
Agora,
é hora de avançar. Consolidada a UFCG, está na hora do surgimento da
Universidade Federal do Sertão (UFS), ou da Universidade Federal do Alto
Piranhas (UFAP), ou da Universidade Federal do Alto Sertão Paraibano (UFASP),
ou da Universidade Federal do Alto Sertão (UFAS), ou seja lá o nome que se
queira dar à nova Instituição Federal de Ensino Superior Pública, da Paraíba.
Tal
qual o desmembramento da UFPB, o da UFCG só fará bem a ela própria e a seu
rebento sertanejo. Àquela pela maior condição de investimentos em cursos
ministrados em Campina Grande. À Universidade que nasce, pelas exigências de
qualificação cada vez maior de seu corpo docente, com o consequente surgimento
de novos cursos, inclusive de pós-graduação e, logicamente, novos alunos e
servidores.
São
recursos novos e maiores que impulsionarão ainda mais o desenvolvimento
regional de uma terra talhada na educação. E ligando esse vetor sócio-econômico
característico de Cajazeiras a outro sonho seu, diria o Senador Cristovam
Buarque, “A escola é o aeroporto para o futuro.” Avaliem os ganhos com uma
universidade do sertão!
Nenhum comentário:
Postar um comentário