quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Universidade: o sertão precisa, por Fernando Caldeira

Por Fernando Caldeira

Lembro-me bem da felicidade de uma cidade com a conquista do seu primeiro curso de medicina. Foi no dia 9 de maio de 2007 que o Conselho Universitário da Universidade Federal de Campina Grande (Consuni/UFCG) por maioria de 18 votos, decidiu que o novo curso de medicina daquela instituição ficaria na cidade de Cajazeiras. Era a realização do sonho de uma gente que aposta no desenvolvimento, via educação. Com razão o povo de Cajazeiras foi às ruas dar loas à boa nova!
É bom lembrar, entretanto, que dificilmente teríamos a conquista do curso de medicina, não fosse o desmembramento da Universidade Federal da Paraíba, em 09 de abril 2002, nascendo ali a UFCG. Lembro-me também que poucos eram os alunos dos campi do interior que aprovavam o desmembramento da UFPB. Achavam que seus diplomas perderiam valor e que os cursos perderiam qualidade. Ledo engano. O tempo tratou de mostrar o equívoco!
Pois bem, o desmembramento da UFPB e consequente surgimento da UFCG fez bem às duas instituições, a seus alunos, professores e funcionários. O número atual de alunos, de cursos, de professores mestres e doutores, e de funcionários, demonstra isso de forma cabal.
Agora, é hora de avançar. Consolidada a UFCG, está na hora do surgimento da Universidade Federal do Sertão (UFS), ou da Universidade Federal do Alto Piranhas (UFAP), ou da Universidade Federal do Alto Sertão Paraibano (UFASP), ou da Universidade Federal do Alto Sertão (UFAS), ou seja lá o nome que se queira dar à nova Instituição Federal de Ensino Superior Pública, da Paraíba.
Tal qual o desmembramento da UFPB, o da UFCG só fará bem a ela própria e a seu rebento sertanejo. Àquela pela maior condição de investimentos em cursos ministrados em Campina Grande. À Universidade que nasce, pelas exigências de qualificação cada vez maior de seu corpo docente, com o consequente surgimento de novos cursos, inclusive de pós-graduação e, logicamente, novos alunos e servidores.
São recursos novos e maiores que impulsionarão ainda mais o desenvolvimento regional de uma terra talhada na educação. E ligando esse vetor sócio-econômico característico de Cajazeiras a outro sonho seu, diria o Senador Cristovam Buarque, “A escola é o aeroporto para o futuro.” Avaliem os ganhos com uma universidade do sertão!

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