domingo, 26 de junho de 2016

OS VITRAIS DA CATEDRAL NOSSA SENHORA DA PIEDADE!

     Os fiéis assíduos se com os novos vitrais que nem se tocam com a beleza ímpar  nossa catedral, estas imagens de Nossa Senhora, inclusive, do calvário de Jesus Cristo. São dezenas de vitrais que são obras de arte que logo chamam a atenção dos visitantes eventuais.
     A nossa Igreja Catedral é um dos símbolos mais importantes de fé cajazeirense e o principal cartão postal da cidade. 

     No dia 31 de janeiro de 1937 foi lançada a pedra fundamental para a construção da nova Catedral de Cajazeiras. Com uma procissão que se iniciou em frente ao Colégio Nossa Senhora de Lourdes, o bispo Dom João da Mata e os padres Gervásio Coelho e Vicente Freitas, e mais Acácio Rolim, juntamente com os fiéis católicos de Cajazeiras, chegaram até o terreno pela Rua Padre Rolim, onde foi celebrada uma missa com a presença de várias autoridades da cidade bem como o prefeito do município, Joaquim Matos de Sá.
     Depois desta primeira procissão, outras foram realizadas, partindo de diversos pontos da cidade, onde existiam pedreiras, para que os fiéis, em sinal de colaboração para a construção da Catedral, conduzissem pedras na cabeça para edificar a Catedral. Ao leste da futura catedral já estava sendo erguido o Palácio Episcopal e ao oeste, o famoso casarão do coronel Peba, que era considerado o cidadão mais rico de Cajazeiras.
     Dom João da Mata foi transferido de Cajazeiras no ano de 1941, sem ver o seu sonho concretizado: o de concluir a construção da Catedral.
Gazeta do Alto Piranhas


sábado, 25 de junho de 2016

Santo de casa faz milagres também!

Que história é esta
que "Santo de casa não obra milagre"?
      O show que Vaval Amaro e Ne go Gê deram on-tem a noite no Xamegão é de dar orgulho a qual-quer filho de Ca-jazeiras e que sa-be dá valor ao que temos.
     Nós possuímos é um excelente quadro de artistas que pode ser exportado para qualquer parte do Brasil.

José Antonio Albuquerque
Cajazeiras - PB



domingo, 19 de junho de 2016

O dinheiro e o comércio

       
Já lhes falei, aqui mesmo na Coluna, que, na passagem dos anos 40 para os anos 50 do século/milênio passado, a nossa Praça Coração de Jesus, depois de abrigar aí o Cemitério da cidade, transformou-se no “coração comercial” de Cajazeiras. Para mim e para alguns que nos seguem, como diria o Dr. Cristiano Cartaxo, lente da língua de Voltaire, era a belle époque de uma cidade ainda em evolução em busca do progresso.
        De passagem pela minha memória, e para relembrar aos que viveram os anos tranquilos do nosso comércio, vêm-nos algumas lembranças de casas comerciais que se estendiam pelas ruas confluentes: Bonifácio Moura, da “Tamarina” e Juvêncio Carneiro (já no final, naquele “beco estreito”).
        Não havia supermercados, mas, tão somente, armazéns (Seu Arcanjo, Luiz Gonzaga, Zé Batista, Trajano Lopes, entre outros); mercearias (como a de João Rodrigues, gerenciada por Chico Mamede; Zé Tavares, pai de Dona Biva Maia; Timóteo Pereira; incluem-se aí os “armarinhos” de Seu Chiquinho Sobreira, de Luiz Paulo, de Do-nato Braga) e as bodegas (como as de Gino Maciel, Bra-guinha, Yoyô, Antônio, Juvenal e Jacinto Ricarte, Estelício Diniz, Zuca Ribeiro, Seu Andriola…). 
           Havia, ainda, por essas bandas, as farmácias de Cézar Rolim, de Aldo Mattos, a Cruz Vermelha; na panificação, o movimento era capitaneado por Seu Zeca da Padaria e Dona Anita e por Joaquim Florêncio. Não podemos deixar de lembrar a Casa Ypiranga, de Álvaro Marques, a loja de Rosendo Bastos e a loja de tecidos de Midu.
            Todas essas recordações nos levam a observar a “riqueza“ do nosso dinheiro, num momento em que não se sabia o que era inflação. É que, nessa época, não havia esse dragão que está aí nos rondar e esperar-nos na próxima esquina. Era o tempo em que o seu dinheiro era valorizado, mormente no pandemônio que se instalava na Praça Coração de Jesus, aonde afluíam os habitantes da zona rural e onde se negociavam desde produtos agrícolas a frutas e verduras, faziam-se ou reviam-se amizades sem esquecer o que fazia a alegria da garotada: “macaúba”, pião, doce quebra-queixo, geladinhos… 

       A moeda eram os réis: um mil réis, dois mil réis, dez mil réis, que, posteriormente, passou a chamar-se de cruzeiro: um cruzeiro, dois cruzeiros e até mil cruzeiros (um “ca-bral”, como se dizia na época).Tempos bons e saudosos!
     


Crônica de José Antonio Albuquerque publicada no jornal Gazeta do Alto Piranhas.


quinta-feira, 16 de junho de 2016

Quem é Dr. José Lins Rolim?

Um cajazeirense é reconhecido como grande estudioso para o conhecimento da Paleontologia e Estratigrafia do Nordeste brasileiro: Dr. José Lins Rolim.
     O Professor José Lins Rolim nasceu em Cajazeiras, Paraíba em 14 de outubro de 1921 e é o  o irmão mais velho do nosso conhecido Padre Raimundo,  pároco-emérito da Paróquia N. Sra. de Fátima aqui de Cajazeiras. Respeitadíssi-mo no mundo acadêmico formou-se em História Natural, na Universidade Católica de Pernambuco em 1964. De 1965 a 1992 foi professor da UFPE e pesquisador do CNPq, quando se aposentou após dedicar-se por 27 anos ao magistério na UFPE. Mestre em Geociências pela UFRGS, com estudo da Geologia do Quaternário Continental do Nor-deste brasileiro, com ênfase em Paleontologia de Mamíferos do Pleistoceno. 
     Doutorou-se em 1964 também na UFRGS em Estratigrafia. Desenvolveu trabalhos nos estados da Bahia, Rio Grande do Norte, Paraíba, Ceará e Pernambuco tendo feito grande número de campanhas de campo deixando importante acervo de mamíferos pleistocênicos na coleção. Ao se aposentar, permaneceu na função de docente pelo período de dois anos.
    Hoje o  Departamento de Geologia possui precioso acervo fossilífero de macro- e microfósseis, construído ao longo de 50 anos de existência por professores e fun-dadores da instituição, entre outros o professor José Lins Rolim, que muito contribuíram para o conhecimento da Paleontologia e Estratigrafia do Nordeste brasileiro.


O QUE MUDOU NA ARQUITETURA DO CENTRO COMERCIAL DE CAJAZEIRAS:

     Nos 139 anos de Cajazeiras, veja nas imagens dos quadros abaixo, as principais mudanças sofridas pelo conjunto arquitetônico do seu centro comercial, composto pela rua Padre José Tomás e edifícios que compõe o sítio da Praça Coração de Jesus - popularmente conhecida como "Praça dos Carros," ou através dos ângulos sugeridos pelo fotógrafo Cavalcante Júnior, nas fotografias dos três últimos quadros desta postagem. 
     A primeira fotografia, mostra o principal trecho da rua Padre José Tomás, sem o sobrado onde hoje está instalada a Daniele Boutique (o prédio da loja de Álvaro Marques) e sem o primeiro andar da esquina onde funcionou a antiga loja Casas Pernambucanas. Na segunda, esse mesmo trecho já com a edificação do referido sobrado, mas ainda sem o primeiro andar da loja Casas Pernambucanas. Observe que os frontões, tanto das fotografias do lado esquerdo como a do lado direito, foram modificados. Principalmente, o conjunto de lo-jinhas que fica lado esquerdo da primeira fotografia. Comparando as duas imagens, observa-se que houve um deslocamento da porta de entrada para o mercado. A primeira fotografia, talvez seja a mais antiga fotografia feita desse trecho. Veja que o pequeno sobrado onde está instalada a lanchonete São Braz é mais antigo desse trecho.
 
     Veja que na primeira imagem acima, as modificações continuam. No canto direito da foto, já há uma marquise, porém ainda não há o primeiro andar da loja Casas Pernambucanas. Na segunda imagem, já há o primeiro andar da Casas Pernambucanas e a entrada do mercado sofreu um intervenção, com o frontão sendo aumentado e anexação de um portão.
     Nestas duas imagens acontece a descaracterização de um dos prédios mais belo do centro, o sobrado onde está instalado a Daniele Boutique. Repare que os batentes que haviam nas portas foram retirados e substituídos por soleiras aparadoras ou de contenção. Os arcos romanos que existiam nas portas, também fora retirados. No seu comprimento, as partas laterais sofreram modificações, e foram substituídas por portas de vidros e portões de ferros. Ainda no pavimento térreo que fica de frente para praça, aconteceu a maior agressão na fachada original do edifício. É só comparar as duas imagens; observa-se que essa parte foi totalmente modificada.
     Agora com mais amplitude, observe por outro ângulo as modificações do sobrado onde está a loja Daniele Boutique e parte do sítio da antiga Praça dos Carros, atual Coração de Jesus. Observe como ocorreram as modificações nas fachadas dos prédios.
      Outro sobrado que sofreu gritantes modificações, foi o onde funcionou os Armazéns São Paulo do ex-prefeito Francisco Matias Rolim (antiga loja Jácome & Lacerda) e aonde hoje está instalada a Lanchonete São Braz. Repare que no seu pavimento superior, as janelas foram completamente modificadas. As mesmas foram diminuídas; perderam os arcos indianos que haviam e na sua nova versão; elas foram fixadas sem a devida simetria. O pior, é que o para-peito em estilo colonial que havia na janela principal do pavimento superior, foi arrancado e substituído por um de vergalhões niquilados. Finalizando, todos os ornamentos que compõe a fachada do mesmo, foram modificados.  

Fonte: Blog Cajazeiras de amor
Cleudimar Ferreira


terça-feira, 14 de junho de 2016

O esplendor do Santuário Nossa Senhora Auxiliadora (a capela do Colégio Padre Rolim)


"Sempre que fotografo no interior deste santuário fico admirado com a beleza arquitetônica, a História e a riqueza dos detalhes, quase não sei escrever para mostrar a beleza e peço desculpas pelos erros, o que tento passar através de fotografias e respeitando o nosso estado Laico, quero mostrar as belezas de uma das belas construções de nossa cidade o interior do Santuário Nossa Senhora Auxiliadora"



Cavalcante Júnior
Cajazeiras - PB


O Santuário Nossa Senhora Auxiliadora 
(a capela do Colégio Padre Rolim) foi erguido por volta da 
década de  1940  pelos padres 
salesianos (estiveram à frente do Colégio até o início da década de 1960),  então capela Nossa Senhora Auxiliadora, que  
 Uma joia da beleza arquitetônica 
da cidade de Cajazeiras-PB.
 Visão de cima da nave do santuário, ao fundo o sublime altar-mor  em plano superior à nave.  
Esta abóbada com o arqueamento de grande curvatura é uma obra-prima de uma maestria ímpar.
Também impressionante a beleza dos  arcos formeiros que separam a nave principal das laterais.
A beleza dos capitéis das colunas, esculpidos caprichosamente dá o tom do carinho de seus idealizadores nesta obra de arte.
A beleza dos caixilhos de modo que todo o conjunto não fuja da harmonia.
A beleza é constante
Fotos: Cavalcante Júnior


domingo, 12 de junho de 2016

A passagem e a prisão do cangaceiro "Moreno" em Cajazeiras, Cleudimar Ferreira

Moreno quando era integrante
do bando de Lampião
  Na história re-cente, Cajazeiras não foi, nem pa-receu ser uma daquelas muitas cidadezinhas, que nas primeiras dé-cadas do século XIX, no interior do Nordeste, teve o seu nome mar-cado como entre-posto para ações delituosas de gru-pos de cangaceiros. Fora a frustrada investida do seu ex-inquilino, o lugar-tenente de Lampião, Sabino Gomes de Gois, em 28 de setembro de 1926, interpelado bravamente pela força de sua população; o que restou para complementar a sua passagem por esse ciclo, se resume em apenas algumas isoladas emboscadas pelas suas cercanias. Muitas dessas, sem a consumação do ato. Outras, esporádicas, com sucesso; como foi a que produziu a morte do Coronel Manoel Gonçalves Dias, no Sítio Catolé dos Mangueiras.
Outra imagem de Moreno
    Ademais, somente rumores produzidos pela imaginação visio-nária do seu povo, que dormindo com o medo e a expectativa de ataques de bandos de cangaceiros, alimentava os boatos pela cidade, que visitante esse, visitante aque-le, estava ou esteve rondando pela sua zona rural, saqueando, causando prejuízos a donos de terras e fazendeiros. Se bem que o próprio Sabino, na sua condição de residente na cidade e antes de entrar no cangaço, tinha dúbia personalidade. Pelas ruas de Cajazeiras ele precia ser um cidadão comum, mas pelas terras e sítios que rodeavam a cidade naqueles idos de 20 e 30, ele se vestia de malfeitor e afrontava, extorquia e vivia no obscurantismo da lei, a desafiar a paciência das autoridades constituídas do município. Fora isso, o que restou para ser contado, a história ainda não revelou.
    Entretanto, como a pesquisa me parece ser um instrumento mais preciso para se chegar a história, há fatos na história social cajazeirense desse período, que talvez ainda não foram revelados. Se foram, também não foram bem esclarecidos e que precisam serem investigados com mais profundidades pelos nossos historiadores. Um desses, foi a passagem pela cidade de Antônio Ignácio da Silva, de alcunha por “Moreno”, que se tornaria mais tarde um dos mais violentos cangaceiros do bando de Lampião.

    Natural de Ta-caratu/PE, onde nasceu em 01 de novembro de 1909, Moreno, chegou à Cajazeiras, após ter fu-gido às pressas de Bre-jo do Santo/CE, onde havia se envolvido em confusão e ter come-tido várias mortes.
    Saindo daquela cida-de cearense, ele aca-bou desembarcando em Missão Velha/CE, onde pretendia realizar um sonho antigo que era seguir a carreira de policial. Como isso não foi possível ser realizado, pois ainda era menor de idade, ele deixou Missão Velha, e partiu sem rumo e sem direção, entrou no Estado Paraíba, chegando até Cajazeiras.
Logo à direita da foto: Antiga cadeia de Cajazeiras, onde talvez Moreno ficou preso 
    Moreno passou a ser visto e tratado pelos seus habitantes, como um estranho, pois não se sabia de onde via, para onde o mesmo ia; se estava de passagem ou se veio para ficar; se morava, se tinha algum parente morando na cidade. Essas dúvidas, fez as autoridades da terra do Padre Rolim, desconfiar de suas intenções e do seu real caráter. Por essas razões, acabou sendo preso para averiguações e por ter sido confundido pela polícia com outro temido cangaceiro – o “Volta Seca”, pertencente na época ao bando de Lampião.
Cangaceiro "Volta Seca"
    Preso e encarcerado na cadeia pública da ci-dade, começam as in-terrogações e a con-clusão final da polícia é que o forasteiro Moreno, por mais esquisito que fosse, não pertencia ao cangaço e nem era o cangaceiro “Volta Seca”. Após a constatação do equívoco, dias depois ele foi liberado. Saindo de Cajazeiras sem saber para onde ia, Moreno ondou cerca de trinta e seis quilômetros, até encontrar uma fazenda onde pediu guarida; conseguindo em seguida um emprego para trabalhar de serviços gerais. Ou seja, no roçado.
Quando tudo parecia correr bem, um fato inesperado envolvendo Moreno aconteceu nessa fazenda, fazendo com que ele, por circunstâncias da confusão que foi gerada, colocasse um pé dentro do Cangaço. É que após um desentendimento com um casal de trabalhadores da referida fazenda; motivado por um “fuxico” que envolveu uma sobrinha do seu patrão, Moreno comete um crime, gravando uma faca no peito do seu desafeto, que morre de imediato no local. Moreno, acoado, foge para o Estado de Pernambuco e de lá para Sergipe, onde anos depois acabou entrando definitivamente no cangaço – no Bando chefiado por Virgulino Ferreira da Silva - Lampião.
Fonte: Blog Cajazeiras de amor